Enganou-me até o amanhecer
Rasga-me o peito, dúvida cruel
e lancinante.
Sou sua infante, sua escrava
em dribla-la.
Sou fraca, extenuada em quebra-la.
Sou a mártir do seu poder fascinante
Rasga-me o sossego, dúvida má
e perversa.
Que do nada veio e instalou-se
Que de noite era nada,
à noite formou-se.
Que na madrugada veio na conversa.
Rasga-me a calma, dúvida nojenta
e nefasta.
Sem nada a dizer, disse tudo.
Sem nada a acrescentar, fez-se mudo.
Sem nada a sonhar, se afasta.
Rasga-me a alma, dúvida má
e poderosa.
Fez-se forte em meu viver
Fez-se louca em meu querer
Fez-se presente em meu saber
Fez-se perfume como flor cheirosa;
Enganou-me até o amanhecer.
Rasga-me o peito, dúvida cruel
e lancinante.
Sou sua infante, sua escrava
em dribla-la.
Sou fraca, extenuada em quebra-la.
Sou a mártir do seu poder fascinante
Rasga-me o sossego, dúvida má
e perversa.
Que do nada veio e instalou-se
Que de noite era nada,
à noite formou-se.
Que na madrugada veio na conversa.
Rasga-me a calma, dúvida nojenta
e nefasta.
Sem nada a dizer, disse tudo.
Sem nada a acrescentar, fez-se mudo.
Sem nada a sonhar, se afasta.
Rasga-me a alma, dúvida má
e poderosa.
Fez-se forte em meu viver
Fez-se louca em meu querer
Fez-se presente em meu saber
Fez-se perfume como flor cheirosa;
Enganou-me até o amanhecer.