Inapto

A vida escarnece em minha face

Revelando-me o que já sei

Porém buscava ocultar...

Pois e envergonha min’alma destas coisas

São fatos inegáveis,

Situações incontestáveis

Em que vejo o quanto sou pó

E do pior pó...talvez

Ma é secreto o conciso histórico

Que traduz o futuro e o presente

Que é constante,

Vez em quando à vida o traz à tona

Como um regurgitar suave do lado mais escuro

Onde escondo meu ego que se desfalece

Pelo poder de um pensamento,

Esculpido no semblante

Ora, se a árvore é de figos, poderia ela dar uvas?

Porquanto, meus frutos são amargos

E meu sabor é fel, aos teus lábios

Que se contorcem por minha causa

Se colocas a mão no fogo,

Sabes que ele queima...

Mas se não entendes o que te fere

Como salvar-te?