Café

Quero um café, mas a xícara me atrapalha,

Pois sem a alça, ela insiste em queimar minha mão.

Mas o meu vicio pela cafeína não falha,

Então me deixo queimar, só para ter satisfação...

~

Café, meu doce veneno articulando meu ser,

Aprofundando-me mais nestas noites sem sono.

Mas segue me enchendo de prazer,

Completando o meu momento de abandono...

~

E mesmo que me queime a boca,

Quero-te mais, uma sensação louca,

Levando-me cada vez mais para o inferno...

~

Mas ergue-me, quando me sinto prosterno,

Ao ver uma gota pingar no caderno,

Sinto que ao meu anjo, tu evocas...

Marco Ramos
Enviado por Marco Ramos em 02/08/2005
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