Meus mortos



Todos os meus mortos
Os mais recentes e os do passado
Reunidos em minha sala de estar...
Pra quê: Pra conversar?
Tomar um chá? Jogar xadrez? Dialogar?
Talvez... Talvez... Talvez...
Eles riem entre si de modo bisonho
E eu suponho escarnecerem de minha dor
E eu me pergunto se é um insano sonho
Ou um grande e louco pesadelo...
Não há caixão pra tanto desassossego.
Preciso enterrar meus mortos
No mausoléu das minhas velhas utopias
E esquecer o apego que os faz tão vivos...

Irene Cristina dos Santos Costa - Nina Costa, 02/11/2012

************


Interação perfeita do amigo poeta Lucas Kind!
 
NAVEGAR PARA A VIDA
 
Todos os meus portos
Os conhecidos e os nunca dantes atracados
Ancorados em meus pensamentos
Pra quê? Pra me esperar?
Navegar, velejar, naufragar, resgatar?
Qual cais? Qual mar? Qual vez?
Eles me lembram algo estranho
Desconfiam do meu ego navegador
E navego solitário, tristonho
Mas tenho prazer em fazê-lo
No barco da vida tenho o meu apego
Preciso esquecer passados portos
No museu das embarcações vazias
Singrar mares e sentir que estou VIVO!
 
Obrigado por compartilhar e inspirar! Abraços recantados!
(Lucas Kind)

*************
Obrigada Lucas, por abrilhantar minha página com seu talento! Beijos!
Nina Costa

Nina Costa
Enviado por Nina Costa em 02/11/2012
Reeditado em 12/11/2012
Código do texto: T3964751
Classificação de conteúdo: seguro