AVESSO

AVESSO

Hoje eu não quero a sensatez, quero mesmo é a embriaguez dos meus devaneios...

Dos meus versos tortos, loucos e transgressores.

Quero a louca, rouca, à queima roupa dentro de mim.

O desconhecido em mim.

Quero o criar livre, infinito, mesmo na contramão da criação.

Anular os modelos que me rodeiam.

Quero o gozo, o esplendor do último instante, do último beijo, do adeus derradeiro.

Quero o contrário do meu avesso que eu mesma desconheço.

Patos, madrugada de 23 de outubro de 2012

Fátima Arar
Enviado por Fátima Arar em 24/10/2012
Reeditado em 22/11/2014
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