AVESSO
AVESSO
Hoje eu não quero a sensatez, quero mesmo é a embriaguez dos meus devaneios...
Dos meus versos tortos, loucos e transgressores.
Quero a louca, rouca, à queima roupa dentro de mim.
O desconhecido em mim.
Quero o criar livre, infinito, mesmo na contramão da criação.
Anular os modelos que me rodeiam.
Quero o gozo, o esplendor do último instante, do último beijo, do adeus derradeiro.
Quero o contrário do meu avesso que eu mesma desconheço.
Patos, madrugada de 23 de outubro de 2012