A doida - homenagem
A reedição deste poema é em homenagem ao meu querido amigo, que agora se encontra em outro Plano Espiritual, EURIPEDES BARBOSA RIBEIRO, que tanto me incentivou, e que tanto me encantou enquanto esteve por aqui. Hoje senti sua presença e lhe fiz uma oração, não contive as lágrimas e a emoção ao reler tantas outras poesias que fizemos em parceria.
Meu amigo EURIPEDES, eterno marinheiro, um grande beijo daquela que você chamava "Sereia", porque gostávamos de mar, nos encontramos no Recanto e no balanço das ondas fizemos tantos poemas sobre o infinito azul salgado que tanto amamos. Te amo sempre meu amigo, um dia nos encontraremos, tenho certeza.
Vai fingindo que é pra ela
O beijo do beija-flor
Se sente numa aquarela
Quando vê grande pintor
A música ouve e pensa
Que é seu o compositor
Veste seu corpo nu
Com a brisa e o ar
Passa diante do poeta
Só pra ele se encantar
Sua boca rubra e macia
Fala coisas sem sentido
Numa hora de loucura
Tatua o próprio umbigo
Coloca letras no varal
Para o vento balançar
Entrega-se sem censura
Sem saber sequer amar
Mas o poeta não quer motivo
Para assim se apaixonar
Foi assim que a pobre doida
Encontrou com Cervantes
Montou em seu cavalo
Seguindo um doido errante
E assim seguiu viagem
Dentro do peito a certeza
Gritava de tanta vontade
Que queria do peso a leveza
A doida seguiu feliz
Entre sonhos e fantasias
Hoje compõe canções
Versos e poesias
INTERAÇÃO POÉTICA DO MEU AMIGO EURIPEDES BARBOSA RIBEIRO
Ah! Dulcinéia
Minha doce princesa
Plebéia
Teus encantos
Dados pelos cantos
Encantam a tantos!
Teus desejos
Risos
Fantasias
Tuas orgias e tua alegria
Me encantam!
Por ti vencerei moinhos de ventos
Serei teu escravo
E teu cavaleiro
Te darei castelos e apartamentos
E para sempre serei teu
Por inteiro!
Ana Maria Carvalho
Enviado por Ana Maria Carvalho em 12/05/2009
Reeditado em 13/05/2009
Código do texto: T1590095