Tipo Proteu
Na minha epístola contei sobre mim
Falei sobre o eremita que sou
Sobre a etopeia
Sobre as estrepes que me atormentaram.
Os que encontrei, tão inexoráveis.
Tão entorpecentes os que amei.
Tentei falar sobre o quanto fui hílare,
Mas não quis faltar com a verdade por ser tipo Proteu.
Nas margens plácidas não chorei, apenas pereci por dentro.
Fez muito frio!
Tornei-me sólido como as nuvens carregadas
Aquele olor que não saía de mim, mudou-me.
Trouxe o mal, inconseqüente.
Com o punhal tentei me livrar de tudo.
Faltou emoção até pra desistir.
-Não lembro o que se diz na minha epístola...
SSC em 12/06/08