BARQUINHO DE PAPEL
Dormir é como descansar nas nuvens
Flocos de neve escritas em lúmen
Viagens sonhos do que vivemos
Não temos a raiz do que lemos
Somos passageiros do que não vemos
A vida segue como um barquinho de papel
Que largávamos a baila do córrego da calçada
E aos poucos sob a corrente da água despejada
Desmancha-se em poesia que rodopiam até saírem
De nossa rota e levarem tudo de volta ao nada
Só as memórias nos deixam isolados
Como o limo verde acamado na vala...