SATURNO

Os pés calçados no par de coturnos,
Pisam levemente sobre o olhar noturno,
Os olhos fitos no ar,
Aguardam a beleza se revelar...

Tudo quieto;
A sinfonia criquilante dos grilos,
Era o único exceto;

Eis que de repente,
Surge reluzente à sua frente,
A impassibilidade de Saturno.

Lunático?
Visionário?
Ufologista?

Não se sabe;
Não  importa os codinomes,
O que se sabe e o que importa,
Foi que viveu um momento indescritível,
E ao mesmo tempo taciturno.