O Cheiro da Morte
Pelos longos corredores
Insinuante e friamente
Flutuam as saias da Morte.
Senhora infame, profana,
Altiva, irônica, lânguida,
Mantém suspenso o machado
Para criar expectativas.
Nunca se sabe, exatamente,
Quando ela o vai baixar.
Finalmente alguém lhe pede
(De olhos fechados, a rezar)
Para que ela seja breve
E leve a quem quer levar.
Mas a Morte é caprichosa,
E nunca chega sem dor...
E ainda há quem repita
Que a Morte tem cheiro de flor...
*