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O Cheiro da Morte


Pelos longos corredores
Insinuante e friamente
Flutuam as saias da Morte.
Senhora infame, profana,
Altiva, irônica, lânguida,
Mantém suspenso o machado
Para criar expectativas.
Nunca se sabe, exatamente,
Quando ela o vai baixar.

Finalmente alguém lhe pede
(De olhos fechados, a rezar)
Para que ela seja breve
E leve a quem quer levar.
Mas a Morte é caprichosa,
E nunca chega sem dor...
E ainda há quem repita
Que a Morte tem cheiro de flor...
*
Ana Bailune
Enviado por Ana Bailune em 15/09/2012
Reeditado em 17/09/2012
Código do texto: T3883731
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