Virus Versos
Tenho por máxima
A paciência mínima
Dos ataques virulentos
De lentos vírus
O antídoto do tormento...
Apenas o sepulcral silêncio
Que apazigua a minha mente
E ao espírito purifica
Às maremotos e tempestades
Aquietam-me na alcova
Fico protegido da má sorte
Antes que se abra a cova
Acaricio e saboreio o vento
Esparramado à rede
Descanso carne e esqueleto
Sem usar de amuleto
Ou valer-me d’ outras muletas
Só ouço o barulho do Mar
Que sensual me chama...
A navegar em suas tetas
Para amar! Para amar!
Hildebrando Menezes