Invisível

Invisível

Ah! Quantas desilusões

Nenhuma solução,

Ainda assim, preciso ir

Sem me despedir.

Quantas questões

Sem respostas,

Quantas lágrimas

Escorrem pelo meu rosto.

Todos os mistérios

Envolvidos num só.

Desejos vazios. Sim

Há um vazio aqui.

Métodos alheios,

Saudades sem fim,

Incompreensível,

Incompreensível.

São as chuvas,

Despejando aleatoriamente

Todas as lembranças

Todos os pensamentos.

Banhe-se com toda essa

Água. Procure ai a

Composição sublime,

Modele a essência.

Chega de fugir,

A sua existência não

Está em mim,

Está em você.

Quem sou eu?

Você sabe, eu sei que sabe.

Não fuja andarilho,

Eu sei que você sabe.

Pudera eu não me lamentar,

Por ter-se ido,

Sem me despedir.

Fugir, fugir é o que sei fazer.

O que vê agora?

O estado uniforme do

Arrependimento.

Consegue moldá-lo?

Chamam-me,

Covarde é o que ouço.

É com muita força que

As vozes gritam com razão.

Para onde vou?

Aonde o vento sopra,

É para lá que caminho.

Sentir de perto a brisa.

As memórias,

As memórias que me

Trouxe até aqui,

Onde estão?

Foram deixadas para trás

Pisadas, perdidas, feridas,

Massacradas. Não olhe!

Só há manchas coaguladas.

És capaz de moldá-la?

Vista essa máscara.

Desconheça-te

As memórias esquecidas

Já te mataram há tempos.

És capaz de moldá-la?

Não sentirá mais a brisa.

Nem a chuva,

Nem o beijo da tua amada.

Veja, há razão.

És capaz de moldá-la?

Estou longe demais,

Abandonei a minha existência,

Consigo ver a essência,

Sim, sou capaz de moldá-la.

Ginsberg
Enviado por Ginsberg em 07/09/2012
Código do texto: T3870834
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