A semente do meu ventre.
Do pântano emerjo
e faço parte do cortejo
de anjos caídos, em versos doridos.
E a alma pútreda, de fétidas vestes
que de nada, ou pouca carne, se reveste...
Levanto a tampa da lápide fria
e agarro com mãos ávidas,
à mesma terra que escarro,
entrego a semente do meu ventre,
e rego...
Com lágrimas impávidas.
E alimento no seio estéril,
sem colostro,o peconhento réptil...
Cria que rasteja e chora em meu rosto!