CONFLITIVO
Eu to sentindo que eu não posso mais
Mas minhas mãos não compreendem.
Se envolvem em danças,
Viram as costas se eu chamo.
A mente não entende, e vira tudo uma cilada.
Sou testemunha do meu crime.
Escrevo mais do que quero entender.
Entendo mais do que posso falar.
Talvez... caminho demarcado...
talvez... futuro naufrágio...
Sei que faço da vida velas
E o barco segue sem rumo.
E o que vão dizer dessas linhas tortas?
O que se vê da fresta da porta
É um samba de versos frouxo.
No dialeto nativo dos loucos.
Me embriago na loucura poética
Me cubro? sim. - Até o pescoço.
- Depois me cubro um pouco mais.
E no fosso pulsante dos tormentos,
Contrariando o mundo, encontro paz...
Encontro paz...encontro paz (ao menos nesse instante).