INCOGNITA DO EU
Não faça muita força pra entender
Mas a solidão me faz falta
É essa minha pressa de viver
Não percebo á ausência em minha volta.
É que eu tenho medo de perder
O trem que parte cedo sem você
Nele viaja sempre a minha paz
A consciência leva um livro e nada mais.
Eu sou o mesmo astro sem plateia
Em um palco sempre cinza e sombrio
Declamando versos a ultima estrela.
Amando o impossível e infantil.
Eu me enterro sempre à mesma cova
E nela brota sempre o mesmo alguém
Nessa confusão que se amarrota
Sou eu e às canções e mais ninguém.
Vá... E leva o pouco do que pode entender
Essa charada é tudo que eu posso ser
Não resta duvida do que deve responder
Basta ser sínico, indiscreto sem querer.
Vá... Que pouco sobra no teu pote de opções
A cada erro restam outras direções
E só quem vive a vida sem pudor
Sabe do que se trata o amor.