Deleito
Do meu suor torno geleira
Minhas lágrimas, geada.
Corri minha vida inteira
Para chegar nessa estrada
Visão transtornante, enfim...
Em meio a escuridão,
Inaproveitável ocasião,
Que espera isso de mim
Falsos pés intactos
Clamantes de curta estrada
Ideias totalmente perfurada,
Pelo choro dos cactos.
Sossego é para poucos;
Robusta noite inquietante
Sobreposta sob a estante,
Irrelevante aos loucos
' Não sou o ventilador da sua sala...
Sou o furacão que destroça a fala, desorganiza a escala,
Desmazela a mala e eternidade inala.
Não sou a insípida água que mata sua sede.
Sou o amor do mar que afoga e destrói paredes,
Preservante do verde em teu olhar
Não sou o medo do escuro;
Sou a parte inexplorada,
Portanto determinada,
apartada da monotonia.