Vida Dura Cidade Escura

A saliva solta na calçada,
Junta-se aos tantos dejetos desta estrada.
Dos destinados ao sórdido da sociedade,
Da sórdida Sociedade que os instala,
Na poeira da calçada.
 
No vai e vem das impurezas da madrugada,
Que se alimentam da imperícia de quem se aloja.
Sem nada mais a fazer,
Que rogar pelo amanhecer.
 
Num subido delírio louco,
De querer mais um pouco
E se lançar no incerto destino,
Ao se agarrar numa busca do equilíbrio,
Para ademais
Não ter tino,
 
De ser carta marcada,
Membro do descarte figura largada.
Que se adentram sem saber,
O escuro permanece ao amanhecer.
Antonio C Almeida
Enviado por Antonio C Almeida em 27/08/2012
Código do texto: T3852311
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.