Profusão do vazio
Caia sobre mim a mão mais pesada,
decepe toda a culpa,
preserve alguma mágoa...
Que seja melodia
a dor afiada da tua palavra...
Eu corro tranquilo
por onde eu nem lembrava
partindo...
em silêncio...
Seja minha sorte um desvario,
de um delírio reinventado
em toda nova tragédia
Que eu me ache em desencontro,
na profusão do vazio
de alguma fé,
nas mortes que já vivi
e nas que eu não quero escolher.
Doendo sozinho meu mundo
Chorando um caminho qualquer
Que me entrego perdido
por amor a minha filha
e não estou vencido...
E agora caia a chuva