Asilo
O ofício do compasso é ódio e pranto
pranto e ócio na esfera prateada
na espera fraca dos que não amam
vencer a treva, quebrar a morada
e os que amam clamam na noite alada
- Senhor da Paz, ouve nosso canto!
Imaginárias velas, rezas veladas,
aos santos sem nome, cabeças peladas
almas de sopro gritam endiabradas
- Malditos, vampiros, nos livrem da jaula!
Penumbras verdes no negrume do dia
o gelo nas costas pede uma sauna
fantasias tristes nos tiram a calma
fauna louca, lucidez tardia!