Asilo

O ofício do compasso é ódio e pranto

pranto e ócio na esfera prateada

na espera fraca dos que não amam

vencer a treva, quebrar a morada

e os que amam clamam na noite alada

- Senhor da Paz, ouve nosso canto!

Imaginárias velas, rezas veladas,

aos santos sem nome, cabeças peladas

almas de sopro gritam endiabradas

- Malditos, vampiros, nos livrem da jaula!

Penumbras verdes no negrume do dia

o gelo nas costas pede uma sauna

fantasias tristes nos tiram a calma

fauna louca, lucidez tardia!

Isabella Narcizo
Enviado por Isabella Narcizo em 16/08/2012
Código do texto: T3833457
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