Enquanto o silêncio de mim..não COMPARTILHA

a solidão silenciosa daquela enorme MATILHA..

vozes velozes e vorazes varrem contra o vento,

e uivos sussurrantes arremessam contra o tempo!

e se faz ouvir pelas ruas solitárias

o caminhar silencioso de sombras várias...

os profanos Cães soberanos e sem donos!

que cavalgam entre os fantasmas de nossas ruas

sombras perambulantes das noites e das luas...


Ali, estão eles...os caçadores de mim !

que se perderam pelos caminhos sem fim...

e perambulam a ouvir vozes vorazes e velozes..

uivos sussurantes que varrem contra o vento.

e fazem de mim...o amparo de seus sonhos,

mas encontram em mim....sonhos medonhos!

mas eles insistem...na busca de um amigo...

em busca de um abrigo..em busca de mim!

mas encontram em mim...um pobre coração...

que os castigam com uma enorme solidão!

e nos tornamos um Porto-solidão!...


e nos resta somente o nosso silêncio

e o castigo da fome e do frio

e vozes vorazes que varrem contra o vento

e uivos sussurrantes que arremessam contra o tempo...


-Eia..! profanos Cães soberanos e sem donos..!

aportemos entre as sombras de nossos sonhos

mesmo que sejamos um Porto-solidão...!

pois, a solidão nos pertence....!


08/08/2012
 




 

Marco de Nilo
Enviado por Marco de Nilo em 09/08/2012
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