Loucuras e Alucinações, Um Retrato Distorcido de um Psicótico.

As luzes me causam ânsia, temo o frio, ele congela.

O som das crianças brincando, aos meus ouvidos,

Parecem anjos, e as vezes demônios

Me atormentando.

O vazio, este sim me causa conforto.

Me liberto de todo o mau que me cerca,

Que dia do mês estamos, aliás, que ano?

Lembro-me que era 22 de novembro de 1912,

Ah, aquele ano foi maravilhoso, eu ainda sabia sorrir.

Lembro-me que fazia sol, mas estava frio,

Mas os pássaros cantavam, e tinha uma leve neblina.

A mulher bela de cor de abóbora, com vestes negras,

De olhos ardentes com os sóis de verão,

Com um leve suspirar e uma voz intrigante,

Lembro de alguns instantes, frases pausadas, e firmes:

_Sabes quem és, não tentes fugir,

Todos no fim descobrem quem são, mesmo no ultimo suspiro da vida,

A morte não nos leva, sem que conheçamos nossa verdadeira face.

Seus olhos brilhavam,

E tudo que era belo,

Tornou-se medo para mim,

Hoje não sei se era meus demônios tentando me desvirtuar,

Mas hoje sei, que o medo das coisas boas,

Pode fazer de mim, um maníaco psicótico,

Com alucinações, e neuroses,

Mas sinto-me mais próximo de minha realidade,

E horas mais perto, horas mais longe de mim.

DjavamRTrindade
Enviado por DjavamRTrindade em 01/08/2012
Reeditado em 18/01/2013
Código do texto: T3808099
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