Devaneios
Já tentei apanhar a maldade nas mãos
E massacrá-la.
Nesse ledo engano
Que objetos danosos
São pedaços da jaula.
Já magoei
Por não poder perdoar.
E já perdoei
Mesmo não querendo esquecer.
Só para continuar a chorar.
Porque lembrança traz emoção intensa
E saudade dói sem morrer.
Já tentei agarrar meus pedaços
E jogar pela janela do coração
Entreaberta.
Emoldurada de aço.
Mas efêmera como a solidão.
Já tentei o impossível
Para cruzar o caminho
Num sensato esforço
...em vão.