POR AO MENOS UMA VEZ

POR AO MENOS UMA VEZ

Hoje, minhas substancias estão despertas

Acordei sem ao menos pensar em morte

Sem me preocupar com novas descobertas

Sem ler nada ou viajar para outros mundos,...

Como é bom ser burro! Viver como os vagabundos

Pois somente assim sinto a brisa da felicidade

E um amanhecer de sonhos,... Nasceu mais forte.

O incauto não desfruta de uma infinita ansiedade.

Aproveitarei a oportunidade e farei um churrasco

Embriagar-me-ei até meu fígado arrotar meus ácidos

Ouvirei um rock nacional com os instintos plácidos

Guardarei meus mordazes pensamentos em um frasco

E dos assuntos banais,... Vou querer muitos mais!

Quero gargalhar para mostrar toda minha má educação

Falar gíria,... E dar um chute na bunda do “Aurélio”!

Vou fingir dançar na chuva como Freddy Astaire fez

Não vai ter puta triste! Com elas, gastarei todos meus Reais

Inventarei leis! Para instituir ainda mais a corrupção

Síria, Afeganistão, Egito, Israel,... Esquecerei tanto prélio

Quero festejar nesse dia e homenagear a minha estupidez.

E quando a noite chegar acenderá todas as luzes do meu lar

Dormirei bêbado e satisfeito com a orgia que me fez perfeito

E então,... Por ao menos uma vez,...

Sorrirei para as lagrimas que tanto derramei.

CHICO DE ARRUDA.

CHICO BEZERRA
Enviado por CHICO BEZERRA em 27/07/2012
Código do texto: T3800640
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