tempo
passa por mim, a cofiar meus pêlos,
ventos d´outrora.
arrepia-me a pele, o frio de ontens vivos,
latentes em um presente que se eterniza,
feito da fusão de distintos instantes,
em quais, de fato, viví.
sinto-me desprender
da linearidade temporal, e quase tudo intocável
pelo medo ,torna-se possível sob minha vontade.
a verdade, minhas preocupações conscientes mais vorazes,
reunem-se em sins e nãos, em direções infinitas, diante
dos olhos acesos de minh´alma.
passado que virá e futuros vividos, passeiam agora minha mente.
é delicioso sentir agora ,
essas brisas d´anteontem,
esses ventos mornos que talvez não venham a ventar.