QUIMERA
Esse sofrer latente, mesmo tendo-te ainda,
Apaixonada e cotidianamente presente...
Fere-me a alma, constante e dioturnamente,
Por pressentir-te dividida...
de mim subtraída...
E mesmo assim... quando me abandonas,
Espectro és em mim...holografia em disparada!
Vejo-te cavalgando tortuosas ventanias...
Em incertas loucuras...
Em insanas procuras...
Só se voltas à mim ao sentir-se perdida.
Enrola-se nos versos meus...apaixonado,
Aqueço-te... tu'alma sereno,
Conforto teus desalinhos...
Acalmo seu intempestivo querer!
Assim, insano, tenho-te...
Mesmo distante, um tanto minha.
Sofrendo a certeza nua,
Ineludível...
De tua perda tardia!