Noite adentro
Madrugada... O coração bate descompassado
A insônia insiste em fazer companhia
Quem dera ela fosse embora
Eu caísse no sono e descansasse a carcaça...
Não! Não preguei os olhos, a cabeça um turbilhão
As mãos frias o pensamento em agonia...
O tormento carece de paciência
Vai! Atira-me nos braços da clemência!
O pulsar das artérias parece tambores de guerra
Batucam elevando a temperatura
Pressão sobe dando o alerta
O psicológico logo se manifesta...
Síndrome do pânico toma conta
Orações pedem resignação
Naquela comunhão de alma penada
O dia raia sem nenhuma pretensão.
Jamaveira®
Imagem: Do Google
Noite insone
Noite de insônia...
A solidão rói os pés da cama,
A alma inflama sem saber por que,
O tempo passa lentamente
E contundente, fere meu ser.
Ah! Como eu queria que viesse logo o amanhecer...
E o dia demora chegar
E o sono não se deixa vir
E eu estou aqui, no escuro desse quarto
Um retrato pintado de saudade
Beijo uma boca com gosto de ilusão
Meu coração descompassado bate:
Sim!... Não!... Sim!... Não!...
Minha emoção no descompasso
No vazio de um antigo abraço
Frio dessa longa noite
Dolorosa noite de insônia...
Nina Costa