SEM RIMA 223.- ... mundo tolo ...

"Sou humano (talvez seja...)

e nada humano (e talvez desumano)

julgo alheio a mim":

Grande e feliz aforismo tão incerto

quanto gratuitamente repetido...

(Talvez seja repetido, embora não me conste...)

E imagino - gostoso, gozoso, prazeroso -

magnates do mundo, dominadores no planeta,

enunciarem (como robôs?, como humanos?)

adágio tal...

Obama, não alheio a "isso"

(palavra muito neutra) que nos conforma

em espírito e em verdade, em sentimentos

como humanos? E Merkel, formalmente

feminina? E ...

Preciso debulhar nomes

e nomes e nomes, conhecidos e ignotos,

de magnates do mundo, dominadores

ou dominados...?

Quantos de aqueles são

na realidade sipais obedientes doutros

senhores mais senhores do que eles...?

E, se a quem domina afinal descortinamo-lo

tão dominado como nós, que contentamento

nos pode envolver?

A impossibilidade

de o invejar?:

"Pobrinho presidente

do governo da nação, submetido

como eu, aos mandamentos

do teus superiores, não

desesperes, estamos

contigo na calma,

no infortúnio,

sempre..."