Qualquer Canto
É o canto da cigarra
Tal qual canto da sereia?!
Teu nome escrevi em árvore,
O meu, escreveste na areia!
Teu nome a chuva banhava
O meu veio a onda e lavou;
Um pela água crescia, vigorava,
Outro, na água espraiou!
E, hoje, apenas um canto
Sim, pois a cigarra secou!
Agarrada ao arvoredo,
Triste, o seu destino selou.
E o buscas ouvir pela praia
Já não podes outra vez escrever
A quem ouve, serve de tocaia...
Ludibriando, por amor parecer.
Vem! Q’eu canto aliança!
Vê, ainda espero por ti!
Árvore de amor e esperança...
Nela, teu nome junto ao meu escrevi.