Mero Afeto
Um mero afeto delirar não pode,
Um mero afeto, isto não pode não!
Um mero, não se aflige co’a demora
Um afeto mero se vigora é vão!
Um mero afeto já não irradia,
No que afete mero sorrir quiçá!
Um mero afeto já não agonia...
Taquicardia nele, nem pensar!
E se tais versos calam fundo n’alma,
Talvez não lê-los seja a solução.
Pois tenho dito que seduz, acalma...
Se devaneia já nem é paixão!
Ao descobrir esta razão quimera
Que cause um beijo ainda tal estupor!
Já que a vida mais feliz quisera,
E pô-la veio junto ao teu amor.