REVIRAVOLTAS

Meu mundo mais parece um emaranhado,

Perdido sob a desilusão do meu telhado...

É um mundo assim torto e mal traçado,

Até parece ter mais de quatro mil lados...

Passo a passo, passo a vida projetando,

E as aranhas novas teias no meu teto arquitetando...

Agarradas a milhares de veias traçadas,

Como teias produzidas neste meu telhado...

É assim que pela vida vou passando, me esboçando

Como as aranhas fabricam suas teias

Nas velhas telhas deste meu telhado...

Que mundo louco... Que mundo pirado!

Dias de sol, dias de calor, dias de chuva,

Dias de humor, dias de choro, dias de amor...

Dias de paz, dias de tornado,

Dias de luar...Para os apaixonados...

Que mundo louco, que mundo pirado!

E eu aqui, sonhando pelas reviravoltas,

Sob as teias reviradas no teto deste meu telhado...

É o tempo da permuta, o tempo do perdão,

Um tempo de luta com meu próprio coração...

Um tempo de vitória em momentos de glória!

Assim passo o tempo pensando,

Por entre as ondas deste meu pensamento...

Enquanto as teias permanecem entrelaçadas

Por dentre as veias das telhas deste meu telhado...

Fico imaginando, que mundo louco, que mundo pirado!

Autor: Valter Pio dos Santos

Dez-2007

Valtin Kbça Dipoeta
Enviado por Valtin Kbça Dipoeta em 23/06/2012
Reeditado em 05/08/2013
Código do texto: T3739995
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