MEDO

Tenho medo das garras da maldade que dominam os fracos.

Como enfrentar o insano!

Nos aposentos me recolho até passar a fúria do louco!

Aos gritos esbraveja e fala palavras desconexas!

Temo e tremo, quase não respiro.

Uma porta a chave pode deter o possuído?

Hostes do mal desfiguram sua face de um vermelho estranho.

Os dentes amarelos de cigarro rangem em ritmo frenético!

Posso ouvir em altos brados palavras de xingamento.

De santa me transforma em vadia.

De querida em odiada.

De a melhor em repudiada.

Em oração me mantenho em vigília.

Rogo pelo sono, pelo desfalecimento.

E quando no silencio ouço o fôlego.

De um rosnar sonoro estranho.

Os músculos de alívio relaxam.

E dou graças a Deus por esse momento.

Diva Carmo
Enviado por Diva Carmo em 22/06/2012
Reeditado em 24/11/2012
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