Conexões

Com a minha querida musa Maíza eu fui até

as estrelas da pista de Saturno, no pé ante pé

esperando de alguma forma recuperar o todo

que eu perdi em algum bosque escuro e duro

ai! Quem dera eu tivesse um sol mais escuro,

e quem dera eu tivesse em mim o sal de iodo!

Com Maiza aprendi a controlar a maré de mim

esta doida maré que agia mais ou menos assim:

jogando-me de um lado para o outro, má maré

uma maré de agua que não sei porque se torna

no redemoinho forte de vento e energia morna

que me arremessa no redemoinho colorido até

Eu ir ficar, com todos esses meus dedos, tão cegos

querer dizer carrego mal pensar e falar carregos!

Sei que as vezes uso palavras repitidas e as vezes

roubo versos de outros maiores do que o meu eu

e pego lhes na mão quase sem saber o que se deu

fico com esta dúvida na cabeça por meses e meses

E se no meio da louca noite tú acordares

entre pesadelos de atmosferas tumulares

foi corpo que em cadáver tranfigurou-se

e, visto que a minha vida foi tumultuada,

eu não quero que tú se sintas “culpada”

pelas dores que minha Vida lhe trouxe!

Mas que voz é esta? Que sejas maldita

que mais do que me sussura já me grita

belos fatos dos quais não consigo refutar

Você não terá filhos e nem sequer amores

o teu belo suicidio a ninguém trará dores

quando inexistir coveiro para lhe enterrar

Eu respondo: Já que a morte não me trará afetos

a minh’alma sente que a melhor saida do projeto

é viver, jenesequa, uma Vida um pouco diferente

pois se após anos ainda me falha a conexão social

devo nunca ter aprendido, ou aprendido muito mal

a ir formar as conexões com toda esta minha gente!

Ernani Blackheart
Enviado por Ernani Blackheart em 22/06/2012
Código do texto: T3738208
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