Conexões
Com a minha querida musa Maíza eu fui até
as estrelas da pista de Saturno, no pé ante pé
esperando de alguma forma recuperar o todo
que eu perdi em algum bosque escuro e duro
ai! Quem dera eu tivesse um sol mais escuro,
e quem dera eu tivesse em mim o sal de iodo!
Com Maiza aprendi a controlar a maré de mim
esta doida maré que agia mais ou menos assim:
jogando-me de um lado para o outro, má maré
uma maré de agua que não sei porque se torna
no redemoinho forte de vento e energia morna
que me arremessa no redemoinho colorido até
Eu ir ficar, com todos esses meus dedos, tão cegos
querer dizer carrego mal pensar e falar carregos!
Sei que as vezes uso palavras repitidas e as vezes
roubo versos de outros maiores do que o meu eu
e pego lhes na mão quase sem saber o que se deu
fico com esta dúvida na cabeça por meses e meses
E se no meio da louca noite tú acordares
entre pesadelos de atmosferas tumulares
foi corpo que em cadáver tranfigurou-se
e, visto que a minha vida foi tumultuada,
eu não quero que tú se sintas “culpada”
pelas dores que minha Vida lhe trouxe!
Mas que voz é esta? Que sejas maldita
que mais do que me sussura já me grita
belos fatos dos quais não consigo refutar
Você não terá filhos e nem sequer amores
o teu belo suicidio a ninguém trará dores
quando inexistir coveiro para lhe enterrar
Eu respondo: Já que a morte não me trará afetos
a minh’alma sente que a melhor saida do projeto
é viver, jenesequa, uma Vida um pouco diferente
pois se após anos ainda me falha a conexão social
devo nunca ter aprendido, ou aprendido muito mal
a ir formar as conexões com toda esta minha gente!