Passeio noturno
Em meu longo e
solitário passeio noturno,
percebo pálidos vultos,
que intentam me agarrar.
Movem-se, sinuosos, traiçoeiros,
esperando que eu me distraia, prontos
a me trazerem mensagens de
desespero e desolação,
enquanto ouvem meu longo
e sofrido suspirar,
expressando meu desejo
de sair destas trevas sem fim,
deste abismo intransponível,
inacessível, distante de qualquer
consolo, qualquer paz, qualquer
alegria, qualquer liberdade.