À CAPTURA DE MIM
Até mesmo nestes negros versos a mim procuro
como fossem eles último regaço de mim.
De mim fujo, apagando os rastros no escuro;
e saio em desespero, tateando... saio à procura de mim.
Mais do que pobres: miseráveis rimas...rijas como a mim;
assim como a mim são estes versos: fúlgidos, mas obscuros;
procuro-me neles, em mim mesmo e no jasmim
porque sei teimoso: há em mim corações mui duros.
E como fossem estes versos último regaço em mim,
declamo-os a mim e do meu ombro faço recosto.
Quando enfim em mim toco... peno...ainda assim:
Ai de mim que choro; choro porque não mais tenho rosto.
E rastros apago, em pânico fujo de novo de mim.
Estaria eu em mim escondido, amordaçado?
Abandonado, sem ter de mim nenhum afago?
Assim, saio em fúria, desnorteado... saio ao resgate de mim...
Ai de mim; estaria em mim maltrapilho, de mim maltratado?
Sou, ainda e de novo eu, um fugitivo?...ou fiquei perdido de mim?
Suplico a ti, que a mim vês, ajude-me... estou cansado!
imploro: faças algo...rogo: ajude-me nesta busca de mim.
Tragas-me de volta a mim... de mim tenho saudade...
e tenho medo: não sinto mais a presença de mim.
Corres...buscas a mim...encontre-me antes que se faça tarde:
já sinto o fingir dum fingidor a prender-se de novo a mim.
E assim, enquanto nestes negros versos a mim procuro,
vás pelos tortos caminhos... a mim convença:
Não há como haver em mim verdade estando no escuro;
Leve a mim a luz dos preciosos versos teus; tua presença...
Pois se fuga houve em mim, é porque já o peito magoado,
viu em mim crescer a mentira e entorpecer-me da maldade.
Nada a fazer senão resgatar a mim - por certo acuado...
E provar a mim, que a mentira é parte indelével da verdade.
Conhecereis a Verdade e a Verdade vos livertará. (João 8:32)
Imagem Google
Até mesmo nestes negros versos a mim procuro
como fossem eles último regaço de mim.
De mim fujo, apagando os rastros no escuro;
e saio em desespero, tateando... saio à procura de mim.
Mais do que pobres: miseráveis rimas...rijas como a mim;
assim como a mim são estes versos: fúlgidos, mas obscuros;
procuro-me neles, em mim mesmo e no jasmim
porque sei teimoso: há em mim corações mui duros.
E como fossem estes versos último regaço em mim,
declamo-os a mim e do meu ombro faço recosto.
Quando enfim em mim toco... peno...ainda assim:
Ai de mim que choro; choro porque não mais tenho rosto.
E rastros apago, em pânico fujo de novo de mim.
Estaria eu em mim escondido, amordaçado?
Abandonado, sem ter de mim nenhum afago?
Assim, saio em fúria, desnorteado... saio ao resgate de mim...
Ai de mim; estaria em mim maltrapilho, de mim maltratado?
Sou, ainda e de novo eu, um fugitivo?...ou fiquei perdido de mim?
Suplico a ti, que a mim vês, ajude-me... estou cansado!
imploro: faças algo...rogo: ajude-me nesta busca de mim.
Tragas-me de volta a mim... de mim tenho saudade...
e tenho medo: não sinto mais a presença de mim.
Corres...buscas a mim...encontre-me antes que se faça tarde:
já sinto o fingir dum fingidor a prender-se de novo a mim.
E assim, enquanto nestes negros versos a mim procuro,
vás pelos tortos caminhos... a mim convença:
Não há como haver em mim verdade estando no escuro;
Leve a mim a luz dos preciosos versos teus; tua presença...
Pois se fuga houve em mim, é porque já o peito magoado,
viu em mim crescer a mentira e entorpecer-me da maldade.
Nada a fazer senão resgatar a mim - por certo acuado...
E provar a mim, que a mentira é parte indelével da verdade.
Conhecereis a Verdade e a Verdade vos livertará. (João 8:32)
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