Sempre...

Sempre...

Tangenciamento plangente

muito embora obsessivo,

copiosamente inebriante

por ser intimamente ligado

a fogosidade de toda essa paixão,

que me arrebata completamente

tecendo por dentro e por fora

nossos corpos nus,

enquanto em muitas vezes

nos amamos demais.

Está decretado nos anais do tempo

que não existem páginas em branco

em todo o universo do universo,

assim,claro como o sol

a noite de lua cheia

aposta em desejos e em fantasias,

translucidando como corpos estrelares

toda reverberação de um sentimento

que se esparge no seio

de um côncavo no convexo,

onde se exprime a força

desse amor ora incontrolável.

Um beijo do Condor Azul.