ALUCINAÇÃO
Pisou...
Já não havia mais chão,
Gritou...
Ninguém o ouviu,
Tentou fugir...
Esvaíram-se as forças.
Despencou...
O abismo era interminável,
Então voou...
Um vôo rasante, alucinante,
Aterrizou...
Um pouso forçado;
Na mais profunda depressão.
Acabou-se o combustível,
A seringa está vazia,
A vida está deserta,
A fissura é coisa certa.
E ele que buscava a liberdade,
Agora sobrevive nessa amarga mescla,
De tédio, paranóia e a dura realidade.
... Até quando?