Mentes doentes...
Mentes doentes...
Mentes doentes...
Essas mentes doentes me procuram insistentemente.
Elas querem provar minha carne...
Querem me devorar até o osso como se fossem vermes gulosos.
E elas querem sugar meu sangue.
Elas já levaram meus sonhos.
Roubaram minha estabilidade e sanidade.
Destruiram minhas ilusões e crença nas pessoas e no mundo.
Mas, não, isso não é o bastante, elas querem me devorar por inteiro.
Querem profanar meus ideais.
Querem me ver secar em vida.
Querem sugar minha vida.
E querem levar minha alma para as profundezas do maldito inferno.
E eu presa perdida no raso nada profundo de meu mundinho imundo e insignificante.
Que posso eu fazer?
Quem poderá me socorrer, se eu não tenho nada, nem ninguém por mim?
Minha fé se perdeu no deserto de uma existência injusta e desigual.
O que ficou foi a certeza de sempre ter sido eu e nunca ter fugido a minha verdade.
Mas, a sanha de sangue dessa gente!
Oh, mundo doente!
Oh, gente demente!
Mas, o que faço eu para me proteger?
Se nada tenho além desse corpo fraco e machucado.
Meu coração desesperado quase morto e enterrado.
Só sobrou minha alma, a qual atirada numa vala, ainda luta desesperada por vida e pela vida.
Mas, as mentes doentes não dão trégua e o que me sobrou foi a semente de uma tristeza que não tem cura e nem fim.