DELÍRIOS
A navalha cortava
O pulso sangrava
E a moça
Não chorava
Sorria
Sorria
Enquanto
O sangue descia
Fazia
Uma poça
No chão
E a moça
Olhava
O vão
Da janela
Declamava
Uma poesia
De Florbela
“O que há depois
Depois
Do azul dos céus
Um outro mundo
O eterno nada
Deus...?"
E a moça
Estendida
Delirava
Até o segundo
Final
A dor fatal
Doía
Menos que a dor
Da vida
Que ela
Sentia.
A navalha cortava
O pulso sangrava
E a moça
Não chorava
Sorria
Sorria
Enquanto
O sangue descia
Fazia
Uma poça
No chão
E a moça
Olhava
O vão
Da janela
Declamava
Uma poesia
De Florbela
“O que há depois
Depois
Do azul dos céus
Um outro mundo
O eterno nada
Deus...?"
E a moça
Estendida
Delirava
Até o segundo
Final
A dor fatal
Doía
Menos que a dor
Da vida
Que ela
Sentia.