Cedo
Luais sem lua...
Nem vinha.
Vidraças atrapalham em emperrações.
Gatinha...
Me dê um caretinha.
Mal posso ascender soluções.
Nesta sala mal vista...
Sem o ar.
De empurrões, de barrunfo incessante.
Cochichos afoitos...
Em cantos de lar.
Conclusões benditas de transe.
Panos,
Papeis enrolados,
Amarrotados.
Pratos à solta,
Soberbo cãozinho.
Latidos amestrados...
Anéis,
Turbilhões de plastiquinhos.
Tudo esparramado ao passar do tempo.
Gostos amargos de extasiar.
Maldito tempo...
Insistente em não passar.
Volte vento e me tire daqui.
Ande depressa...
Pra que sara nóia.
Canse de implicar só no fim.
Não me faça a cara de bóia.
Vidros se quebrem...
Laços se rompem...
Momentos se vão...
Lamentos me comprem...
Gratuitos seremos?
Deixaremos nos levar por velhas ladainhas,
Lapidadas e soletradas em dó.
Esquemas de antigas rainhas.
Monarcas de falso teor.
1998