Deixe-me
Não se passa um dia sem você,
Não entendo, mas eu tentei te esquecer.
Infelizmente não posso. Você está aqui.
Mas por quê? Não venha! Deixe-me seguir.
Não te quero mais; não mais...
Você não muda nada. Tem valor? São quais?
Toda a manhã até a noite,
Persegue meus passos, menos a noite...
O que devo fazer para você desistir?
Não importa o que você faça
Não posso te sentir.
Você abraça, quando a outra passa...
Eu já fiz de tudo, Mas mesmo assim...
Você persiste. Por favor, saia de mim!
Diga-me o que devo fazer.
Pois tudo o que desejo é te desfazer.
Mesmo quando está comigo
Sinto-me sozinho, jogado, largado...
Deixe-me! Por que não entende?
Insatisfação! É o que traz. Piorar é o que tende.
Gritei em ouvidos surdos,
E compreenderam tudo.
Por que você não? Por que não!?
Você traz magoa ao meu coração.
Minha saída é acabar com minha existência?
Você vive testando minha paciência.
Desde o inicio não demos certo.
Você nos lançou num futuro incerto.
Por que aceitei? Não deveria.
A minha felicidade te mataria.
Esdrúxulo! Completamente esdrúxulo!
Você constrói meu tumulo!
A mim foi dadivado,
Pensando não ser machucado.
Deveria calar-te.
Sem tentar, desisti...
Amaldiçoo suas heranças,
Só traz péssimas lembranças.
Da minha infeliz vida
Na qual você esteve contida.
Amarga dor do doce néctar.
Sua presença me faz despertar
O crescente ódio repugnante da vida.
Insanos são os planos, acontecerá um de cada.
Fito o grande azul-esbranquiçado.
Vejo o futuro amaldiçoado.
Com o céu sem nuvens, o Sol livre está.
Olho para o chão e te encontro lá.
A inclinação do Sol a estica.
Meus dentes cerrados; trincam.
Certamente esse é o adeus.
Juntarei-me aos anjos de Deus.