AMOR BANDIDO

Se te amo, sei que sofro
Viver é sofrer, é crescer
Se não te amo, eu morro
Então, O que devo fazer?

Amor vil, deveras febril
Amor que suga, consome
Amor atroz girando a mil
E que de fato, não some.

Amor contato, sensorial
Amor ingênito, é animal
É Antagônico, paradoxal
Dói, e que só me faz mal!

Amor que vem para o bem
Mau amor que se mantém
Amor tão presente que vai
Amor tão distante, se esvai.

É um amor desgovernado
Um sentimento desatinado
Amor kamicase, é suicida
Homem bomba, terrorista.

Amor bandido, é herege
Que só me traz problema
Aleivosia que me adoece
Prostrado, de quarentena.

Cego amor que não queria
Porque decerto eu já sabia
Hoje, amanhã ou algum dia
De tanto te amar, morreria.

E quando agonizar e morrer
Da dor imensa desse amor
Deus! Se pudesse escolher
Só se nos seus braços for.

E no seu olhar arrebatador
Eu, Sepulcro e moribundo
Jaz! Já não sinto mais dor
Amo-te, meu eterno amor.