Amoral
O desejo é cego
Amoral...
Rompe os tabus e se instala
Tudo natural
Não respeita nada
Surpreende a consciência
Desafia ao dono
Com a sua indecência
Anjo invisível
Que esconde intensões
De inferno ou paraíso
Lá nos seus grotões
Traz sórdidas febres
Proezas sutis
Engendra artimanhas
Que jamais se diz
O surdo desejo
Calado e furtivo
Mira no objeto
Deserto ou abrigo
Secretos prazeres
Antecipa à mente
Com estranhos seres
Agora inocentes
Desejos, visões
Raios, projeções
Ocultos vislumbres
Mundo, imensidão...