Eu perdi

Tire de mim se quiser a cor, mas não tirara o riso e,

erguer-me-ei sem a flor azul.

Ri-te deste grosseiro, mas, eu não voei com asas alheias.

Ontem vi a pele morena cor de uva e o túnel habitado por luas mortas, mas,

caído, (eu) abandonado não sorri; a dor soou arrulho e a minha voz embaraçou...Nem o mel grego cuja morte dá ao derrotado atenuou.

Eu quis que: a luz ainda que fraca, alumiasse as manhas e os rem-rens...Talvez eu consuma os meses e o sangue-fogo (meu) encontre o infinito no oposto humano (um dia).

Ailton dos Santos SP
Enviado por Ailton dos Santos SP em 23/04/2012
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