Desejo apenas abrir meu coração,
[Poderás ouvi-lo?]
Contar com teu sorriso,
[Sorrirás pra mim?]
Desejo suas criticas,
[Poderás me entender?]
 
Sim, há um falso querer...
[Mas não és tu, não és!]
Sofre o coração...
[Na teia que mesmo teci]
 
Acostumei-me a degustar da dor...
[Não há sorte no amor?]
A taça de vinho vazio, e assim embriago-me
Um falso amor sem carinho...
[fuga para solidão!]
 
Madrugadas intermináveis...
[Quase lentas!]
De repente conversando com Deus,
Me pego falando de ti...
Madrugadas de insônias.
[Lagrimas do Adeus, que nunca se fala!]
 
Balbucia a angustia e pede clemência...
[É na madrugada meu remédio pra dor!]
A inspiração de escrever algo qualquer...
Compor minha saudade e amor...
[Dizem que é na madrugada que se perdoa,
                                   Quando ama um amor!]
 
Acostumei-me a degustar dessa dor!
[Minha taça vazia...]
És o vinho mais doce e embriagante...
[Porém, és de safra única e distante]
E por isso...
Acostumei-me a degustar dessa dor!
 
Madrugadas de insônias e desejos...
Festinhas solitárias com os pensamentos,
[imagens do que suponhamos ter tido]
Sua face em um gozo alucinógeno...
[Madrugadas que suponho ter-te!]
És o vinho de safra desconhecida...
[Único... Amargo e doce... Forte e suave...]
Acostumei-me a degustar dessa dor!