A mente ventríloqua

A loucura de um homem sóbrio

vive na alma de uma cigana loura

que dança a música dos anjos

no jardim onde as flores murcham na primavera.

Cada espelho reflete o que queremos ver

e as respostas se tornam novas perguntas

que retrocedem ao nada.

Você vê o sol nascer rapidamente no leste

mas daqui ele se põe lentamente.

Sei que o amor existe onde não há razão

mas eu exijo uma certeza além da emoção.

O tempo é obviamente um buraco negro

que consome tudo pouco a pouco

de forma sutil e persuasiva

onde seu sussurrar insinua um encanto psicológico

sobre os que ficam a esperar.

As asas são resistentes para iniciar o vôo

mas de nada adianta uma alma nômade

quando o coração permanece fixo no mesmo lugar

e então nos vemos prisioneiros de nós mesmos...