Tic Tac

Cansaço

hoje o sono é escasso...

Tic tac, tic tac... assim as horas passam

tic tac, tic tac... eu continuo acordado

Ja passa da meia noite...

me diz o implacável relogio

Para onde foi o meu sono?

para onde?

tic

tac.

me levanto, acendo a luz, abro um caderno.

escrevo aquele nome, aquele maldito nome que vem se repetindo

uma constante

maldito.

escrevo mil versos, nenhum decassílabo.

risco tudo, derrubo a escrivaninha...

sento no chão, olho a janela.

na mente, só lembranças

Lembranças

Desejo...

frieza!

quase vinte e seis anos.

apenas um amor!

Não se atreva! -diz o coração no peito- Não se atreva a amar de novo

Tic Tac, Tic tac

repete o maldito relógio

para onde foi meu sono?

onde foi passear minha sanidade?

Enquanto espero, vou cavando uma trincheira

uma cova no chão do quarto para enterrar meu corpo

entre cinzas e poeira

então minha cabeça explode...

Exaustão.. .

saudade.

Tic Tac.

Rômulo Maciel de Moraes Filho
Enviado por Rômulo Maciel de Moraes Filho em 13/04/2012
Reeditado em 13/04/2012
Código do texto: T3610425
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