Cais

Cais...

Tentando me decifrar, conheci coisas em mim, que é melhor nem falar,

Iriam te assustar.

Dizer tudo aquilo que vi em meu próprio conhecer, neste constante tecer.

Iriam romper conceitos, iriam analisar os meus feitos, e poderiam assim dizer:

-Eis ai, um jovem a beira da loucura, que é ser quem ele pensa que pode ser!

Deixei a normose de lado, e decidi assim, me auto avaliar, se auto validar,

investiguei então minhas reais competências, minhas completas vivências.

E ao lerem esse texto, dirão os críticos presos a conceitos de normalidade:

-Pobre menino, pensa que nessa altura da vida, pode viver essa tal liberdade!

Fui em busca do que tinha dentro de mim, me deparei com uma bagunça,

e no meio dessa desordem, o ambiente correto para a evolutiva reconstrução.

E antes que alguém se intrometa mais nessa ânsia de vida que me aguça,

direi eu agora, o que estava precisando ser dito antes que eu tivesse essa visão.

Não falarei nada não. Pois vi um campo de possibilidades, e ainda é cedo,

mas mesmo sendo cedo, sei que daqui a pouco já é tarde, rompi com a vaidade.

Chegarei ao suposto posto, sem dar voltas em devaneios capitais, sociais.

Serei eu mesmo, entrarei nessas portas. Meu ponto fixo está atrelado nesse cais...

Fernando Lobos.