Vão Canto
Pequenos pedaços do nada
Se espalham ao meu redor
Deixando minha alma desamparada
Sem alegria ou amor
Infindos momentos se estendem
Pouco a pouco eternamente
Para todo o sempre, compreendem
Meu corpo, alma e mente
Deveras exausto, nada penso
Minha mente já dexiste
A dor permanece, não a venço
A consumir-me ela insiste
Então no final do mundo
Se haverá julgamento
Culpado, jogado no fundo
Do et/inf/erno (,) sofrimento
Se há Deus e piedade
Serei eu crucificado
Pela heresia e inimizade
Que tenho demonstrado?
Nada de mau eu fiz
Mas só o mal conheci
Na vida, fui infeliz
Por que isso mereci?
Nada agora faz sentido
Nada mais (jamais) importa
Meu corpo jaze entorpecido
E minha alma jaze morta