Vão Canto

Pequenos pedaços do nada

Se espalham ao meu redor

Deixando minha alma desamparada

Sem alegria ou amor

Infindos momentos se estendem

Pouco a pouco eternamente

Para todo o sempre, compreendem

Meu corpo, alma e mente

Deveras exausto, nada penso

Minha mente já dexiste

A dor permanece, não a venço

A consumir-me ela insiste

Então no final do mundo

Se haverá julgamento

Culpado, jogado no fundo

Do et/inf/erno (,) sofrimento

Se há Deus e piedade

Serei eu crucificado

Pela heresia e inimizade

Que tenho demonstrado?

Nada de mau eu fiz

Mas só o mal conheci

Na vida, fui infeliz

Por que isso mereci?

Nada agora faz sentido

Nada mais (jamais) importa

Meu corpo jaze entorpecido

E minha alma jaze morta

Edimar Silva
Enviado por Edimar Silva em 10/04/2012
Código do texto: T3603983
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