Dom De Quixote
Minto e me
Deito, deitado
Rumo ao nada
Menti por nada
Tão vazio
Leve ao frio
Teto, rasteje
Troque, festeje
Com café, algo quente
Pego de repente
Um gato espreita
Um rato desrespeita
O jovem menino
Triste, o pão fino
Fatiado, espalhado
Por aí, é pesado
Fantasmas do passado
Em minha cabeça girado
Arranho e grito
Minhas unhas em detrito
Navegam a alcançar
Ilhas de carne pra arranhar
Seu sangue obter
E fazê-lo chover
Conseguindo o prazer
Aos poucos, comer
Romper a pele usada
Retornar à pousada
Sentar no sofá
É bom ficar lá
Então despertar
Sou eu, que deus vai perdoar
Na cadeira ninguém
Pra se importar não há quem
Foi só um sonho ruim
Me preparo, enfim,
Pra outro, temo o fim
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Uma mal feita versão deste outro poema meu:
http://www.recantodasletras.com.br/poesias/3602026