Dom De Quixote

Minto e me

Deito, deitado

Rumo ao nada

Menti por nada

Tão vazio

Leve ao frio

Teto, rasteje

Troque, festeje

Com café, algo quente

Pego de repente

Um gato espreita

Um rato desrespeita

O jovem menino

Triste, o pão fino

Fatiado, espalhado

Por aí, é pesado

Fantasmas do passado

Em minha cabeça girado

Arranho e grito

Minhas unhas em detrito

Navegam a alcançar

Ilhas de carne pra arranhar

Seu sangue obter

E fazê-lo chover

Conseguindo o prazer

Aos poucos, comer

Romper a pele usada

Retornar à pousada

Sentar no sofá

É bom ficar lá

Então despertar

Sou eu, que deus vai perdoar

Na cadeira ninguém

Pra se importar não há quem

Foi só um sonho ruim

Me preparo, enfim,

Pra outro, temo o fim

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Uma mal feita versão deste outro poema meu:

http://www.recantodasletras.com.br/poesias/3602026

Edimar Silva
Enviado por Edimar Silva em 09/04/2012
Reeditado em 14/09/2014
Código do texto: T3603277
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