Passar dos anos

E a vida tornou-se um fardo

Quando dos sonhos o amor se livrou

E as tempestades, antes calmas, com o sono acabou

E o amante de amor proíbido... ao deserto sem amor retornou

O mundo se desmanchou

Em pequenos borrões de cinzas perdurou

E todos caminham fracamente

Para além dos seus destinos

Pedras caem do céu

Enquanto o universo desaba

E a vida morre em pranto

Admirando a dor que se acaba

Insetos percorem o chão

E o medo em constante desordem perde a razão

Estranho acontecer

A vida admirar o céu a morrer

E os anos que se passam se apagam

Na memória de quem nunca existiu

E apenas um homem persiste

Aquele que nunca insistiu... em continuar a viver.